A importância da gestão e análise de risco no fomento comercial: Vivemos um período inédito para este século e talvez para esta geração no mundo, pois desde o início de 2020, estamos com o desafio de aprender a viver com a pandemia do Covid-19.
É incontestável que todos os setores da economia sofreram perdas, umas maiores, outras menores e com o fomento comercial não foi diferente, mas com medidas preventivas e também reativas, para o que já está posto, será possível melhorar os índices de liquidez do setor.
Enquanto a pandemia não passa, o que a empresa de fomento pode fazer em relação aos procedimentos de verificação e análise de risco?
Nos últimos meses, durante a pandemia, as empresas de fomento foram surpreendidas com clientes, que antes tinham índices de inadimplência zero ou próximos de zero, com pedido de parcelamento, prorrogação ou inadimplência de títulos.
Dessa forma, a gestão e análise de risco de crédito é um procedimento que deve ser ajustado nesse momento.
RISCO DO CLIENTE – são as informações levantadas acerca da capacidade de pagamento dos sacados/devedores do cliente e do próprio cliente/cedente, a fim de poderem avaliar a sua capacidade e vontade de pagar. O risco de crédito determina a probabilidade de recebimento e estabelece o deságio (fator de compra) a ser cobrado.
RISCO DA OPERAÇÃO – Onde são avaliados o produto ou prestação de serviço, o prazo, a garantia e a finalidade da compra ou contratação para verificar se aquela operação atenua ou potencializa o risco do cliente/cedente.
RISCO DE CONCENTRAÇÃO – Pode ser considerado como o risco de perdas em decorrência da não-diversificação dos nichos de mercado atuante ou deixar de pulverizar o capital entre os limites operacionais para cada clientes.
Para começar a análise, se deve obter informações sobre o cliente. Além de uma entrevista, é também possível solicitar demonstrativos contábeis dos últimos anos, fichas cadastrais, demonstrativo de IR, informações dos birôs de crédito (Boa Vista/Serasa), etc.
O segundo passo, é a análise do título a ser negociado, onde envolve uma promessa de pagamento no futuro, existindo uma incerteza em relação a seu cumprimento. Essa incerteza do pagamento, baseada em probabilidades objetivas, é denominada risco de crédito, ou seja, é a probabilidade de não ocorrer o recebimento na data combinada.
Nas operações de fomento, mesmo após feitas todas as análises, também existem os riscos da inabilidade de pagamento e o proveniente da intenção de pagar fora dos termos acertados. Para administrar o risco de perda é necessário definir claramente o perfil de sua carteira de crédito, estabelecendo procedimentos para identificar os créditos fracos.
Os riscos de perda podem ser, efetivamente, administrados e controlados com alguns procedimentos básicos. Para empresas de fomento comercial, o processo de análise de risco segue, basicamente, as fases abaixo até o recebimento:
INFORMAÇÕES – abarca a coleta e a checagem da veracidade de todas as informações que a empresa julga importantes para a avaliação de risco de crédito.
AVALIAÇÃO DO RISCO DO CLIENTE – são todos os procedimentos e as técnicas de análise das informações contidas na política de crédito ou nas diretrizes operacionais da empresa.
ESTRUTURAÇÃO DA OPERAÇÃO – é a decisão de realização ou não negócio frente à caracterização do risco de crédito do cliente.
MONITORAMENTO – após a compra do recebível, possíveis alterações no risco previamente atribuído ao cliente ou à operação podem ocorrer.
Deve-se estar atento também para os tipos de risco, de acordo com o perfil da empresa e do produto/serviço. Produtos com boa aceitação de mercado são mais fáceis de gerenciar, além de serem mais lucrativos. Ter em mente também a essencialidade do produto/serviço, ou seja, se é de primeira necessidade ou supérfluo.
Essas são algumas questões a serem observadas com muita atenção para uma boa gestão e análise de risco. Será que sua empresa está preparada para esse novo normal do mercado mundial?
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